Codéx Naturalis – Diversão em uma pequena caixa de metal – Impressões

Codéx Naturalis é, sem dúvida, o jogo mais lindo que já conheci. A arte das cartas é simplesmente maravilhosa. Na primeira vez que joguei, confesso que não dei atenção à estratégia ou aos objetivos — estava encantado apenas em admirar os detalhes.

Após superar o deslumbramento inicial, Codéx rapidamente se tornou um dos meus jogos favoritos. Criado por Thomas Dupont, com arte de Maxime Morin e publicado pela editora Bombyx, é um jogo para 2 a 4 jogadores que utiliza mecânicas de gerenciamento de mão, sobreposição de componentes, construção a partir de modelos e coleção de símbolos.

Na história, os jogadores devem continuar o trabalho do monge Tybor Kwelein, que dedicava-se a catalogar as espécies vivas das florestas primárias. O objetivo é organizar as páginas do manuscrito na melhor ordem possível.

Os componentes do jogo são simples e suficientes: cartas, um tabuleiro de pontuação e marcadores. Há quatro tipos de cartas: iniciais, de objetivos, de recursos e douradas. Cada jogador começa com uma carta inicial, duas de recurso, uma dourada e duas de objetivo. Destas últimas, escolhe uma para ser seu objetivo pessoal e devolve a outra. Na mesa, ficam disponíveis duas cartas de objetivos comuns e as pilhas de compra de cartas de recursos e douradas, com duas de cada tipo reveladas.

O jogo começa após cada jogador decidir qual lado utilizará da carta inicial. A dinâmica é simples: na sua vez, você joga uma carta da mão, respeitando os pré-requisitos e os encaixes disponíveis nas cartas já jogadas, e repõe sua mão escolhendo entre as cartas de recurso ou douradas disponíveis, seja das pilhas abertas ou fechadas.

As cartas de recursos e douradas são divididas em quatro cores, cada uma associada a um tema: azul (lobos), verde (folhas), vermelho (cogumelos) e roxo (borboletas). Elas apresentam símbolos principais e, às vezes, secundários, como penas, pergaminhos e frascos. Nos cantos, há “slots” para encaixe, que precisam ser respeitados ao jogar novas cartas.

As douradas exigem pré-requisitos específicos para serem baixadas, como a presença de determinados símbolos na sua área de jogo, enquanto as cartas de recursos são mais livres. Algumas oferecem pontuação imediata, enquanto as douradas sempre garantem pontos.

Todas as cartas podem ser jogadas com o verso ou o anverso para se adaptar melhor à sua estratégia. As cartas iniciais, por exemplo, possuem lados com combinações diferentes de símbolos e encaixes. Já as cartas de objetivo, tanto as individuais quanto as comuns, permitem pontuar mais de uma vez, desde que os requisitos sejam atendidos. Esses objetivos podem envolver a coleção de símbolos específicos ou a disposição de cartas formando padrões.

Os pontos indicados nas cartas jogadas são contabilizados imediatamente, mas os pontos dos objetivos individuais e comuns só são somados no final da partida. O jogo termina quando um jogador atinge 20 pontos, finalizando-se a rodada atual e jogando-se mais uma. Também pode acabar caso as pilhas de compra se esgotem. Ao final, ganha quem tiver a maior pontuação total.

Nas partidas que joguei, o jogo rodou bem com qualquer número de participantes e foi rápido, durando entre 20 e 30 minutos. Além disso, funcionou perfeitamente com idades que variaram de 6 a 74 anos.

Pontos positivos:

  • Qualidade e beleza dos componentes;
  • Regras e mecânicas simples;
  • Rejogabilidade;
  • Roda bem em todas as configurações de jogadores.

Pontos negativos:

  • Não foi lançado no Brasil, precisa ser importado.

Texto: brunogodwolf

Revisão: solidthales