Brew, está saindo da jaula o monstro – Impressões

Quando o jogo foi lançado no Brasil pela Galápagos Jogos, a primeira coisa que me chamou atenção foram os desenhos que eram muito parecidos com a animação Hora da Aventura, o que me deu vontade de dar uma chance para ele (como se eu não comprasse quase tudo que encontro pela frente… rs).

Começando pelo manual, muito bem ilustrado e com uma historinha bem interessante e que vai se conectando muito bem com as mecânicas do jogo, que parece ser uma grande mistura delas.

Vamos ao jogo! Como dito no manual, somos místicos astutos da floresta tentando trazer o equilíbrio no mundo, pois está com o tempo despedaçado, fazendo com que as estações do ano estejam ocorrendo todas ao mesmo tempo. Bacana né? Também achei!

Usando do controle de área, rolagem de dados, alocação de trabalhadores com dados e seleção de cartas, os jogadores vão fazendo suas ações para no final da partida ver quem é o vitorioso com a maior quantidade de pontos, que são obtidos por florestas que são conquistadas, por criaturas que são treinadas e liberadas (SIM, parece Pokémon!) e poções que são feitas.

Cada jogador recebe 4 dados de colheita (da cor do jogador) e 2 elementais (que são neutros). No começo da rodada, todos rolam os dados e não podem rerolar, de forma que os símbolos revelados são onde os dados devem ser alocados.

Durante o turno de cada jogador, é possível alocar um dado em um espaço de floresta ou da vila (ação obrigatória), fazer uma poção e tomar uma poção (ações opcionais). As poções são feitas gastando recursos que são coletados ao alocar os dados (seus trabalhadores) nas florestas ou vila.

Na primeira partida, Stevo Torres (criador do jogo), recomenda não utilizar os personagens de cada jogador com o lado dos poderes de cada um, pois pode gerar um pouco de confusão na mesa, mesmo assim não deixa de ser um jogo simples de mecânica.

Como dito anteriormente sobre os dados, os de colheita são mais utilizados nas áreas de floresta para que possam ser usados para coletar recursos e para determinar quem tem a maioria em cada floresta. Os elementais são utilizados para conseguir ações diferenciadas nas vilas e se usados nas florestas, podem conceder habilidades especiais na coleta de recursos e até mesmo para poder trocar com um dado de colheita para utilizá-lo em outra floresta.

Além da parte da floresta, onde o jogo realmente brilha, existem as poções que podem dar poderes para os jogadores para trocar dados dos outros oponentes de lugar nas florestas, retirar algum dado durante a rodada, rerolar algum dado que não tenha gerado uma face de interesse, enfim, ótimo momento para se perder amizades.

Em alguns espaços de alocação, vc treina uma criatura, essas criaturas te dão bônus durante a partida e caso uma nova seja treinada por você, você pode liberar qualquer criatura, por exemplo:  alguma criatura que não esteja ajudando muito durante os turnos.

Outra parte em que jogo brilha é na liberação dessas criaturas (me lembra o Ash liberando a Butterfree, ou o Pidgeout, ou o Squirtle, ou o Charizard, etc…), pois caso elas sejam liberadas em uma das florestas dominadas pelo jogador e essa floresta for da mesma estação da criatura (primavera, verão, outono ou inverno), essa criatura gera mais pontos no final da partida.

O jogo vai se desenrolando até que todos os jogadores terminem de alocar seus dados, em seguida é verificado qual jogador tem maior controle em cada floresta. Essas florestas são colocadas na reserva dos jogadores, pois valem pontos no final da partida. Se o baralho de florestas estiver vazio, é encerrada a partida, caso contrário, uma nova rodada é iniciada.

Um outro detalhe importante é que quando uma nova rodada é iniciada, o tabuleiro de vila muda de dia para noite, alterando o bônus de alocação dos trabalhadores na nova rodada.

Enfim, é um jogo bacana com alguns elementos que são de encher os olhos e que podem gerar umas tretinhas na mesa devido algumas interações. O AP pode incomodar também alguns jogadores, principalmente em uma primeira partida. O que não deixa o jogo com um AP maior é a limitação de jogadores, que nesse caso são quatro.

Espero que tenham gostado e sintam-se livres para comentar e falar sobre como foram suas experiências com esse jogo. E se estiverem gostando das análises, não deixem de curtir o canal para ficar por dentro de futuras postagens. Abraço a todos e falooooouuu…

Prós:

  • Arte muito bacana, lembrando a Hora da Aventura;
  • Os componentes do jogo são de ótima qualidade, especialmente os dados;
  • Existe bastante interação entre os jogadores e blocks infinitos, deixando todos muito “felizes”.

Contras:

  • Mesmo sendo um jogo simples, não foge do AP;
  • Dependendo da mesa em que estiver jogando, pode acabar causando um certo sono;
  • Não recomendado para jogadores que não gostam de marcação, pois se os jogadores quiserem marcar um, esse cara não terá uma boa partida.

Revisão: dfmcosta