Baseado no livro lançado em 2014 de Pierce Brown e trazido ao universo dos board games por Alexander Schmidt e Jamey Stegmaier pela Stonemaier Games, Red Rising apresenta uma sociedade distópica dividida em 14 castas e o jogador representa uma casa que tenta subir ao poder à medida que reúne um grupo de seguidores.
Bacana a introdução, né? Agora vamos aos detalhes do jogo! Trata-se de um card game de 1 a 6 jogadores com mecânicas de gestão de mão, rolagem de dados, jogadores com diferentes habilidades, toma essa e seleção de cartas, onde os jogadores durante seus turnos podem realizar 1 de 2 ações: liderar ou patrulhar.
Na ação de liderar, o jogador escolhe uma carta de sua mão e implanta com a face para cima em um dos quatro locais presentes no tabuleiro (Júpiter, Marte, Luna e O Instituto) e realiza a ação da carta. Em seguida, recolhe uma carta do topo de um dos locais, diferente do local onde implantou a carta da sua mão, e ganha um bônus do local. Caso não queira pegar nenhuma das cartas do topo, pode pegar uma carta (fechada) do topo baralho e rolar um dado para ver qual o bônus que irá receber.
Na ação de patrulhar, o jogador revela uma carta fechada do baralho e coloca (não implanta) em um dos locais do tabuleiro e coleta o bônus do local. Perceba, diferente da ação de liderar que você desce uma carta da mão e faz a ação dela, na de patrulhar você pega uma carta do baralho e apenas coloca em um lugar. Por isso, durante o texto é importante diferenciar os termos “implantar” e “colocar”.
Simples né? Vamos agora aos bônus que são ganhos:
- Júpiter: Você avança a sua nave uma casa na Trilha de Frota;
- Marte: Você ganha um marcador de Hélio
- Luna: Você ganha ou mantém o marcador de soberania
- O Instituto: Você adiciona um marcador de Influência seu no Instituto.
Quando você escolhe pegar uma carta do baralho e jogar o dado, em suas faces, existem todos os bônus dos quatro locais acima, além de exilar a carta do topo de um dos quatro lugares, e revelar a carta do topo do baralho e colocar em qualquer um dos lugares.
O gatilho para o final do jogo acionado quando as três condições abaixo são acionadas:
- Um jogador tenha 7 marcadores de Hélio;
- Um jogador tenha 7 ou mais marcadores de Influência no Instituto;
- Um jogador tenha alcançado ou ultrapassado 7 na Trilha de Frota.
O final do jogo também pode ser acionado se algum jogador tiver alcançado sozinho duas das três condições acima.
Quando a condição de fim de jogo é alcançada , todos os jogadores terminam a rodada para que todos tenham cumprido a mesma quantidade de jogadas e cada jogador soma os valores das cartas com os bônus presentes nelas e com os bônus do tabuleiro. O jogador com maior quantidade de pontos é o vencedor.
Bom, agora depois de toda essa explicação, vamos falar da minha impressão. O jogo é super divertido, porém, na sua primeira partida você pode ficar perdido por não conhecer as cartas que pode encontrar em jogo ou até mesmo de como fazer os combos. Apesar da grande quantidade de sorte presente nele, todas as cartas têm personagens diferentes de várias castas. Para você fazer combos, em algumas situações você precisa ter X quantidades de cartas de uma casta ou até mesmo não ter nenhuma! Sem contar que alguns personagens em conjunto com outros podem te dar pontos extras no final da partida ou até mesmo tirar alguns pontos seus.
Enfim, é um ótimo jogo que conforme vai se conhecendo as cartas fica mais divertido tentar fazer os combos e gerar cada vez mais pontos.
No Brasil, o jogo foi trazido pela Grok Games e encontra-se disponível nas melhores lojas do gênero.
Prós:
- Suporta até 6 jogadores;
- A arte das cartas e tabuleiro são ótimas;
- A qualidade do material usado é espetacular (clássico da Stonemaier Games);
- Jogadores com conhecimento prévio do jogo e das cartas fazem com que as partidas demorem menos.
Contras:
- Não é um jogo que na primeira partida você vai pegar os combos.
Revisão: dfmcosta