Em Galaxy Trucker, qualquer meteoro é uma cilada – Impressões

Quantas vezes lhe foi perguntado na infância “o que quer ser quando crescer?” 

Uma das respostas mais comuns, inclusive a minha, era ser astronauta. Apesar de que por um período da infância eu pensei em ser frentista, acredito que pelo cheiro de combustível ao chegar no posto.

Mas outras respostas comuns dos pequenos ao redor do globo são “ser piloto, motorista de caminhão, bombeiro, cientista, amigo de aliens”. E se eu falar que com esse jogo conseguimos resolver vários desses desejos mais inocentes e doces?!

Então vamos para um partida de Galaxy Trucker, sentir o gosto do caos e da liberdade da vastidão do espaço. 

Galaxy Trucker é um jogo de Vlaada Chvatil, de 2 a 4 jogadores com mecânicas de Colocação de Peças, Rolagem de Dados, Tempo Real, Eventos, Jogo em Equipe, Movimento em Trilha, Movimento Relativo.

O jogo é dividido em três eras e o objetivo de cada era é sempre o mesmo: conseguir sobreviver à viagem fretada. 

Em um primeiro momento, o mais caótico da partida, criamos nossa nave a partir de várias peças disponíveis no centro da mesa, em que compramos e conectamos, ao melhor estilo encanador/mestre dos dominós. São três tipos de conexão, a simples, a dupla e a mista. Cada conexão se junta apenas com outra do mesmo tipo, mas todas também se conectam com a mista. Feita a montagem da nave, verificamos se houve algum problema de conexão, seja por erro, ou conexão sobrando em situação proibida. Todas as peças colocadas erradas devem ser removidas da nave para que a mesma entre na viagem em perfeitas condições de uso.

Na criação da nave, algumas peças podem ser colocadas, como motores a jato, armas a laser, compartimento de carga e bateria, além de espaço habitável para nossos amigos aliens, que nos fornecem um bônus, a depender do tipo de alien. 

Começada a viagem, abrimos as cartas e resolvemos cada uma, podendo encontrar novos planetas, naves abandonadas, além de muitos perigos espaciais, desde chuva de meteoros, até confrontos com piratas sanguinários. 

Ao fim da viagem, contabilizamos os pontos adquiridos e uma nova era se inicia.

Cada uma das três eras, as naves ficam cada vez maiores, melhores, mais difíceis de montar, e com perigos cada vez mais assombrosos na escuridão do espaço. 

Diversão garantida nessa maluca viagem para o infinito e além. No Brasil o jogo foi trazido pela Devir.

Prós:

– curva de aprendizado rápida, da primeira para a segunda era o jogador melhora muito;

– fácil de jogar, com muitas risadas e vontade de quero mais;

– fase de verificação evita possíveis jogadores “roubões”.

Contras:

– assusta jogadores que não são fãs de ação simultânea, de jogos com ampulheta;

– pode parecer muito caótico no começo, então precisa de um pouco de insistência;

– jogo base limita para 4 jogadores.

Texto: Lomba

Revisão: dfmcosta