[RobotCrônicas] PARKS – Diário de Viagem

Fala galera! Para quem acompanhou um tempo atrás nossas crônicas de Zombicide, dessa vez fizemos uma de um euro maravilhoso de se jogar e que também já fizemos um review! Clique aqui caso não tenha lido ainda. Todo conteúdo dessa crônica está envolta das regras do jogo, então, espero que gostem!

Diário de viagem 001:

Nesse último feriado prolongado a turma do RobotGeeks resolveu fazer uma trilha pelos parques do país.

Como estávamos em uma quantidade generosa de pessoas, resolvemos separar nosso grupo em dois, assim faríamos trilhas diferentes e no fim de cada dia contaremos como foi nossa experiência.

O objetivo do primeiro dia era concluir o parque nacional Zion, mas como nossa turma era iniciante, fomos obrigados a terminar a noite em uma clareira. A vantagem é que encontramos outros grupos lá, trocamos experiências e adquirimos equipamentos melhores para a aventura. E pensar que só uma bota confortável e um protetor solar seriam o suficiente.

Ao longo desse primeiro trecho de trilha encontramos outros viajantes, aprendemos coisas novas, paramos para tirar fotos da paisagem e dos animais regionais, encher o cantil, que rapidamente se esvaziava, e com muito suar, reencontramos o grupo para passar a noite.

Diário de viagem 002:

Agora, com as costas doloridas, os pés cheios de bolhas e com fome, começamos o segundo dia.

O café da manhã poderia ter sido mais caprichado, com ovos e bacon, mas só um café coado sem açúcar foi o que nos restou.

Isso tudo porque nossa mochila é limitada, temos de pensar bem em quais recursos levar, quais poupar, e até mesmo quais deixar para trás. A vida é cheia de escolhas e escolher é perder.

Mas, dessa vez, munidos de melhores equipamentos, seguimos em frente, e após algumas pausas para fotos, chegamos ao fim do primeiro parque. Zion é realmente lindo, e seu  anoitecer é mágico, momento ideal para aquele lual, violão, marshmallow e Legião Urbana.

Diário de viagem 003:

A escolha de hoje foi o famoso parque nacional de Yellowstone, lar do nosso carismático urso amigo e seu fiel escudeiro.

Sabendo disso, fomos preparados para cuidar bem dos alimentos, passar fome como no dia anterior não é de todo agrado.

Dessa vez, já mais calejados, conseguimos melhor desempenho e o parque parecia menos desafiador. 

Provavelmente por conta da fama desse parque, encontramos vários outros viajantes, todos loucos para ver atividades vulcânicas.

Mas não foi dessa vez que precisamos correr de uma erupção. Eu até penso em entrar para a história, mas de maneira bem distinta dos moradores de Pompeia.

As fotos desse parque ocorreram de poucos em poucos metros, a paisagem aqui foi deslumbrante, consigo entender a fama do parque.

Quando falo com tanto gosto desse passeio, fica parecendo que tudo foi tranquilo, mas conseguir explorar e aproveitar cada detalhe foi um sufoco à parte. Quantas histórias consigo contar desse único dia de viagem, quem sabe um livro detalhando os ocorridos 

acaba vindo em breve. Alguma editora interessada?

Com o anoitecer, nosso passeio por esse parque chega ao fim. Conseguimos fazer algumas trocas de recursos por ali, e assim já iniciamos os preparativos para o próximo e último dia de trilha.

Diário de viagem 004:

O dia começa, é claro, com um café bem amargo e um pequeno alongamento das juntas e rolamentos do corpo. Hoje é dia do parque nacional de Joshua Tree, o último dessa leva de passeios. O sentimento ao raiar do sol é um misto de alegria por tantas histórias e descobertas mas também de tristeza por saber que estamos colocando um ponto final nessa aventura. Amanhã temos que voltar ao trabalho de gente grande, então o grupo pouco conversou. O clima começou tão pesado que era possível cortar o ar com um canivete. Mas o parque sentiu e não nos deixou continuar assim.

Foram cerca de 50 metros de trilha até que nos deparamos com uma coruja sentada no topo de um cacto. Ela estava ali nos esperando, nos observando. Era o momento ideal para um clique, e parecia que ela também sabia disso. Mas nosso fotógrafo não foi tão rápido no gatilho quanto gostaria e a coruja levantou vôo em nossa direção, passando por entre nossas cabeças, com um bater de asas tão sutil que não ouvimos um ruído sequer. 

Quando questionei a foto tive uma má notícia, não deu tempo de fotografar a coruja plena em seu pódio. Mas logo em seguida uma surpresa.

Para quem entende de boa música certamente já ouviu o álbum de 1975, do trio canadense G. Lee, A. Lifeson e N. Peart, que veio ao mundo com o título de Fly by Night. A icônica imagem da capa viajou no tempo e parou nas lentes daquela câmera durante a fotografia.

Agora nosso grupo, renovado em ânimo, partiu Rush para a conclusão do último parque dessa viagem. 

O deserto em nossos pés, o reflexo do sol em nossa retina e o cantil vazio nos mostraram que o caminho não seria fácil, mas o sentimento de garra estava, não só revigorado, mas com muito mais intensidade do que em qualquer outro dia. E assim como o sol veio rapidamente nos aquecer, a noite emergiu em nossos olhos. O frio veio na mesma velocidade. Mas o fim do passeio ali chegava e com isso nos sentimos pessoas renovadas, e doloridas. Foi a primeira experiência em trilhas, mas certamente não a única.

Vários outros PARKS serão visitados e novas fotos tiradas!

Texto: Lomba

Revisão: dfmcosta